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Brincar, fantasia e imitação

Por Tia Naná, Gabriela Ruella e Adriana Alves

A infância é o manto de proteção para que a criança possa ser criança”

(Informativo do Alecrim Dourado,ed. nº13, 2004)

É no brincar , e talvez só no brincar, que a criança desfruta da sua liberdade de criação. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia.

Brincar é crescer , desenvolver-se , tornar-se humano e adaptar-se ao mundo.

Desde pequena, a criança aprende pela imitação: andar, falar.... Ela imita tudo que a rodeia não só os sons da fala, mas também a entonação, os gestos dos adultos e também suas atitudes. Por isso, quem educa uma criança deve ser modelo de retidão e dignidade. O educador deve ser modelo, deve organizar tarefas que a criança possa imitar sua intenção. É desenvolver na criança um pensar claro e lógico, mas para isso, é preciso começar com ações concretas e claras.

A diferenciação de papéis do “ faz de conta” , ocorre quando as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico ou o paciente; sempre imitando e recriando personagens observando ou imaginando nas suas vivências.

A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais, para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e sobre os outros . Neste mundo imaginativo, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar de uma forma específica uma coisa que pode ser outra: um objeto, um personagem, um animal e assim por diante.


Brincar constitui-se , dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira . Também se tornam autoras de seus papéis , escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimento, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar da realidade imediata.

Quando utilizam a “linguagem do faz de conta” , as crianças enriquecem sua atividade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens .

Nas brincadeiras cotidianas , elas vivenciam constantemente a elaboração e negociação de regras e consciência, assim como um sistema de representação dos diversos sentimentos das emoções e das construções humanas.

Isso porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada crianças que são compartilhadas em situações de interações sociais. Por meio da repetição , de ações imaginadas, que se baseiam na presença/ausência, bom/mau, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora, grande/pequeno, feio/bonito e assim por diante. As crianças podem internalizar a brincadeira e não é só como um mero passatempo, mas como desenvolvimento nos processos de socialização , autoconhecimento e descoberta do mundo.


Nazaret da conceição Gomes Coca (Tia Naná)

Coordenadora Pedagógica do Berçário Alecrim Dourado com larga experiência em Educação Infantil, especialista na Pedagogia Waldorf








Gabriela Ruella

Professora Waldorf especializada em Educação Infantil e auxiliar da coordenação pedagógica do Berçário Alecrim Dourado.





Adriana Alves

Pedagoga , atuando como auxiliar de classe no Maternal e Jardim do Alecrim Dourado, em formação na turma V do Seminário Waldorf de Botucatu

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